terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Estamos bem.
Na medida do possível.

Faz uma semana que tenho ido dormir ouvindo música. Música triste, de cortar os pulsos.
É que nos primeiros dias eu não queria ouvir nada.
Músicas tristes são minha canção de ninar.

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É difícil não saber o que se sente. Se é que sente.
É contraditório ter o coração vazio, ao mesmo tempo em que ele está tão cheio.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

I'm back.

Borboletas no estômago, palpitações e noites sem dormir. Parece paixão, mas é transtorno de ansiedade generalizada.

Rivotril pra poder dormir
Prozac pra poder viver
Terapia pra parecer normal.

Nada parece funcionar aqui.
Por quanto tempo podemos nos sentir culpados?

Eu me sinto culpada há 9 anos. Me sinto culpada por um erro que não cometi sozinha, por um erro que deixou marcas profundas na minha vida.
Eu não deveria ter me envolvido na história de amor de outras pessoas. Eu deveria ter resistido. Por quanto tempo mais ele insistiria? Mais um mês? Sim. Eu o neguei por um mês e deveria ter continuado a negar. Jamais deveria tê-lo beijado. Eu não tinha esse direito.
Eu não vou me render aos clichês que se aplicam nessas situações, não vou me xingar por esse erro. Mas eu deveria ter tido consideração por ela. Ela que foi vítima, que foi chamada de chata, de imatura, de insuportável, de louca.
Todas nós já fomos loucas, chatas e imaturas. Todas nós já fomos puta.
 Há 9 anos eu não sabia das coisas que sei, não sentia as coisas que sinto. Era quase outra pessoa, mas era eu.
Hoje sou culpada.