Na
correria de um dia atípico da minha vida na greve, indo pra uma
reunião, me encontrei com uma grande amiga dos tempos do colégio.
Grande amiga tipo dessas que são inseparáveis, que dormem na sua
casa toda semana.
Não
sei se pela correria do dia ou se pela erosão que o tempo provoca
nas relações, mas pareceu tudo tão frio e desconexo. A simples
saudação "Oi, tudo bem?" pareceu não condizer com o que
aquela pessoa representa(va) na minha vida.
Porém, contraditoriamente, a frieza fez todo sentido.
Não
teve como não ficar com um certo saudosismo da época onde meus
problemas não passavam de dramas adolescentes. E com a estranha
sensação de que as mãos que um dia te seguraram para não te
deixar cair se afastam sem que você perceba e muitas vezes não
voltam mais.
Não consegui não lembrar de uma música do Paulinho da Viola que fala sobre o encontro de duas pessoas num sinal fechado.
http://www.youtube.com/watch?v=IEUPH1A7YkM